A primeira vez que vi a capa do livro “O Canto mais escuro da floresta” me encantei por dois motivos: a capa belíssimamente trabalhada em tons verdes misteriosos E o nome “Holly Black”.

A Holly se tornou uma das minhas autoras favoritas um tempo atrás quando li “Boneca de Ossos” e fiquei muito surpresa com a narrativa fluída, carregada de um leve terror. Muito terror para uma criança, pouco terror para um adulto e ali, naquele limiar da troca de idade, o livro fazia todo sentido, junto com a transição pela qual os personagens principais estavam passando.
Então foi isso.
A capa me pegou.
Comecei a ler e confesso que a narrativa, de início, me pareceu arrastada.
Holly tem um estilo de jogar o leitor em meio à história, como se ele já estivesse ambientado e eu me vi em uma cidade única e peculiar, cercada por mitos, já assumidos como verdades, sem outra alternativa que não seguir em frente. (Por vezes sinto o mesmo com os livros da Dark Side, porque as obras de fantasia deles têm isso em comum).
Me arrastei. Parei. Li outros livros durante essa pausa.
Mas sempre que abria o aplicativo do Skeelo e via essa leitura pausada, me incomodava.
Pensava “O que não estou vendo, o que estou deixando de sentir nessa história?”.
Então certo dia, finalizada uma leitura, e sem querer começar outra, segui com “O canto mais escuro da floresta”… e aí as coisas começaram a se desenrolar, me vi presa na história, tal qual uma turista desavisada que vai até Fairfold para conhecer as fadas e acaba encantada por elas.
Sim! Essa história tem fadas.
Em Fairfold elas e outras criaturas vivem na floresta em um pacto antigo com os moradores, de não lhes fazer mal se não forem desrespeitadas.
No entanto, as histórias se espalharam e, assim, diversos turistas invadem a cidade e acabam vez ou outra infringindo as regras, pisando em territórios sagrados e isso tem um preço.
No meio da floresta existe um caixão de vidro, com um lindo garoto de chifres adormecido por séculos. Já na cidade, os irmãos Hazel e Ben têm muitas ligações com o povo das fadas.
Quando o garoto de chifres desperta de seu sono profundo, tudo muda. Hazel sabe que está diretamente envolvida nesse despertar.
Quando o menino desperta, a história começa a se desenrolar de fato. Por vezes fui pega em reviravoltas, por vezes me irritei com os personagens, esquecida de que são apenas adolescentes.
Mas quando entrei nesse universo, fui fazer algumas pesquisas para entender melhor a história. Peguei alguns spoilers (que graças a deeeeus estavam errados), mas isso aumentou a minha curiosidade para ver como chegaríamos àqueles fatos.
Descobri então que este livro está ambientado no mesmo universo da saga “O Povo do Ar”, que até o momento tem cinco livros e um deles sequer foi traduzido para o português ainda.

É sobre isso.
Agora me encantei pela história e tenho mais uma saga aguardando minha leitura.
Acontece com vocês também?
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