Encarar Crime e castigo é como subir uma montanha: depois do esforço, a recompensa, e nossa visão ampliada por um novo horizonte

Uma das primeiras leituras do ano foi um livro difícil: Crime e castigo, obra tema do Clube do Livro da Associação de Escritores do Alto Vale do Itajaí. O encontro foi realizado dia 15 de fevereiro, com a proposta de um “clássico para as férias”. Foi por isso que nós havíamos aproveitado a pausa no trabalho e a virada de ano para encarar a obra de Dostoiévski.

Não é tão simples ler Crime e castigo. Esse clássico da literatura russa é um desafio pelo tamanho, pelos nomes russos e seus patronímicos, por umas passagens filosóficas, pelo enredo que se passa na Rússia do século XIX, pelos lugares e referências que nos são um tanto quanto geográfica e culturalmente distantes.
Mas quem leu e esteve presente no clube compartilhou também muitos motivos pelos quais a leitura vale muito a pena. Uma história forte com temas impactantes. Uma trama muito bem elaborada, em que cada personagem tem uma voz relevante dentro do desenrolar de ações e consequências. Um livro muito simbólico sobre a condição humana, tanto no sentido coletivo e social, como no individual e psicológico.

Compartilhamos diferentes interpretações. E no grupo, algumas dúvidas sobre uma outra passagem acabam sendo esclarecidas nessa troca. Essa, aliás, é uma das experiências mais legais e que nos motivam a participar do clube de leitura.
Na conversa do clube entendemos juntos por que Crime e castigo continua sendo uma obra atual e universal. Sua leitura é como escalar uma montanha, difícil em alguns trechos e permeada de certo sofrimento (aliás um dos temas da obra). Mas uma experiência recompensadora quando ao final expandimos nosso olhar no horizonte e nos deparamos com beleza, profundidade e amplitude da alma e da mente humana, no caso do livro.

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