
A chuva, o frio, o sol e a literatura que aquece os encontros
Os livros, o teatro, a música, o cinema e outras linguagens artísticas colocaram boas histórias no palco da Feira do Livro de Rio do Sul
A chuva, o frio, o sol e a literatura que aquece os encontros
Os livros, o teatro, a música, o cinema e outras linguagens artísticas colocaram boas histórias no palco da Feira do Livro de Rio do Sul
Entre o espanto e o riso, celebremos Kafka
Ver, ouvir, ler e sentir um pouco de Kafka no Festival Literário Internacional de Pomerode. E sentir talvez seja o que primeiro me ocorreu, antes mesmo de chegar ao evento. Isso pelo fato de ter ficado preso no banheiro do quarto da pousada graças a uma fechadura emperrada.
Encontrar Carla Madeira foi entrar num fluxo contínuo de leituras, um rio. Foi não querer deixar a leitura para a véspera de nada. Foi testemunhar a vida sorrir natural, bruta, sem dentes, e ainda assim bela.
A invenção de Morel e a nossa solidão
A leitura de A invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares, me deixou entre a estranheza e o encantamento. “Nossos hábitos pressupõem uma maneira de as coisas acontecerem, uma vaga coerência no mundo. Agora a realidade se me apresenta alterada, irreal. Quando um homem desperta ou morre, demora
O bruxo, o TikTok e a beleza que transcende as línguas
Machado de Assis sempre foi viral. E de tempos em tempos isto fica explícito.
Desta vez foi com a disparada de buscas por Memórias póstumas de Brás Cubas depois que a escritora e podcaster americana Courtney Henning Novak publicou no TikTok um vídeo sobre o livro. Ela está com
MCKaram: risadas em meio à casa em chamas
O livro Cebola deixou mais perguntas do que respostas aos participantes do Clube de Leitura. Também algumas risadas com as passagens cômicas e surpresas que só um autor tão inventivo como Manoel Carlos Karam pode criar.
A cidade corpo das águas, território das memórias
Naquela direção, a menos de seis ou sete noites de percurso, encontra-se Eutárpia. Não sendo metrópole, tampouco um vilarejo, a cidade é do tamanho do que dela o viajante enxerga de ruas, vielas, esquinas e ladeiras. Com um pouco mais de atenção, quem chega à Eutárpia vê que
Meus amigos, meus inimigos
Há pouco tempo para sentar-se à mesa
beber em cálice conjunto…
Poesia é morada num terreno baldio
É dar sentido aos abandonos
Memórias de chão batido
Paisagem de infância riscada na terra…
O quarto das perdas passadas, das memórias presentes
Se deparar com “O quarto branco”, de Gabriela Aguerre, na biblioteca foi uma surpresa. Lê-lo foi sentir o peso das despedidas com lirismo e a beleza dos encontros com sensibilidade.